Conheça a trajetória futebolística de Mauricio Rodrigues de Bento Gonçalves (RS)

Mauricio da Luz Rodrigues, é natural de São Borja (RS), atualmente mora em Bento Gonçalves também no Rio Grande do Sul, filho de Mauricio Machado Rodrigues da Luz e de Lilian Vargas da Luz Rodrigues, é o filho do meio do casal.

Ser jogador de futebol sempre foi seu sonho, "sempre gostei de futebol, mas não era algo que eu realmente quisesse, até porque era um sonho muito distante para eu em uma cidade pequena como São Borja, mas ao decorrer do tempo vindo morar em Bento e começando a ter outro pensamento, sim percebi que era o que queria para o futuro." completa.

Na oportunidade ele conta sobre o que motiva a jamais desistir de seus sonhos "hoje acho que dar uma boa condição de vida para meus pais, minha irmã, minha vó e poder ajudar aqueles que precisam e que te ajudaram e minha maior inspiração é com toda certeza,  meu pai e minha mãe, ver eles batalhando o dia a dia sempre para minha irmã ainda quando ela morava com nós e para mim hoje em dia me motiva a ter vontade de dar meu melhor e fazer dar tudo certo, por que talvez eles não tiveram a mesma oportunidade na juventude deles e isso me inspira a fazer algo a fim de dar orgulho a eles". No contexto profissional ele se inspira em Cristiano Ronaldo "a determinação, o foco dele mostra que não necessariamente precisa nascer com dom ou algo do tipo e sim trabalhar e merecer por isso." ressalta.

Trajetória:  "Comecei a jogar futebol em uma escolinha na minha cidade com 6 anos de idade, se chamava Bate Bola nós treinávamos no society e jogávamos campeonatos de quadra, por ventura para pagar essa mensalidade da escolinha que não me vem o valor agora, minha mãe fazia pastéis para o dono da quadra vender e em troca tinha desconto na minha mensalidade, com 8 anos quando eu iria jogar o primeiro campeonato bem visto na minha cidade de futsal, “Culturão”, nesse ano eu vim embora para Bento, eu e minha irmã no começo não queríamos pois estávamos deixando tudo aquilo que tínhamos para trás, mas foi assim aos 8 anos para 9 vim morar em Bento Gonçalves, fiquei por volta de um ano sem jogar em escolinha e comecei a jogar na escolinha do “São Paulo” São Paulinho do Borgo como era conhecida, ali sempre jogava com os meninos mais velhos pois minha escola era na parte da manhã 4ª ano e o 5ª então treinava a tarde com os maiores, aos 12, sai dessa escolinha e fiquei em casa parado por 1 ano, nesse ano eu ficava sozinho em casa do 12h até às 23h00, todo esse tempo jogando videogame, me alimentando mal, sem sair para fora de casa ver o sol, e até que um dia falei para minha mãe que eu não aguentava mais isso, que eu precisava que ela ficasse mais tempo comigo até por que eu era novo e me sentia sozinho, nesse tempo eu fui para uma escola onde eu estudava de tarde e na parte da manhã eu treinava e foi lá onde eu comecei a levar um pouco mais a sério a questão do futebol, e me ajudou pouco na questão psicológica e na saúde, minha alimentação melhorou eu tinha um sono mais regulado então fiquei dos meus 13 até meus 15 anos nessa escolinha onde em um ano fui fazer teste no Internacional de POA." destaca.

Ele ainda pontua "após esse teste, lá eu percebi que o futebol era mais do que eu achava, que eu não era nem uma estrela e que eu precisava levar mais a sério se eu quisesse realmente isso, voltei para Bento acabei saindo da escolinha por questão de idade e comecei a jogar no Clube Esportivo BG, onde logo que cheguei com 15 anos e aqui estou até hoje com 18 e onde subi para profissional com 17 para 18 e estava junto ao elenco do Estadual, e também agora treinei algumas vezes com o profissional e também fui para um jogo válido pela série D do campeonato", frisa.

Como bem sabemos, a rotina de um atleta requer por parte dele uma certa organização, para que tudo se mantenha sobre controle "antigamente eu trabalhava na parte da manhã começava as 8h até a 13h, almoçava no trabalho e saia direto para treino da tarde que tinha início as 14h as 17h,  chegava em casa e as 18h40 tinha escola, com o surgimento da pandemia a escola parou as atividades presenciais, eu subi para o profissional e acabei não podendo mais trabalhar e a escola tornou-se remota, então era treino de manhã e tarde, consequentemente parou por um tempo o profissional e então eu estava treinando por fora do clube na parte da manhã e à tarde com a base e a noite EAD.", enfatiza.

O atleta já morou em alojamento e conta como foi esse momento em sua trajetória "já fiquei alojado por um tempo e a minha experiência foi boa, acho que agregou muito para mim, dar mais valor a casa, a comida da mãe, churrasco do pai no final de semana, e o bom de estar alojado é que tua cabeça é apenas futebol, 24 horas não tem outros pensamentos além do futebol quando me perguntam como é, eu falo que no alojamento é jogar dormir e comer, mas é algo muito importante para o nosso crescimento. Acredito que pautado a tudo isso, a gente acaba tendo um amadurecimento maior, jogamos como treinamos, no meu caso sempre procuro sempre dar meu melhor, para que de uma forma intensa no dia do jogo esteja habituado com a situação do jogo."

Desafios e aprimoramento: "Acredito que para mim a questão financeira é o maior desafio pois no início é tudo, foi muito difícil, pois você está começando, não é bem remunerado, aos 18 anos ser sustentado pelos pais, precisar de dinheiro para sair é complicado. Como disse, tenho muito a aprender ainda e acredito muito que tudo que sou hoje é graças aos treinadores que me auxiliaram, jogares mais experientes que eu pude aprender, ninguém é perfeito e isso agregou muito em minha carreira, ela ainda é curta mais tem tudo para ser bem maior, basta eu querer, e isso é o que mais faço, sei que para que haja o aprimoramento é preciso investir em si próprio a fim que os resultados apareçam", menciona.

O atleta ainda enfatiza o aspecto da importância do trabalho em equipe, "para mim é aquilo que depende de todos da equipe para ter um bom resultado, não adianta 1 estar bem e 10 mal, todos precisam estar no mesmo nível, diferente de um grupo onde um pode fazer a parte dos outros 9. Sou lateral direito, acredito que na lateral devemos marcar e atacar ao mesmo tempo, até por isso gosto dessa posição, ela é crucial, muitas vezes não dá para atacar só pelo meio, então jogar pelo lado é uma opção, e chegando no ataque cruzo a bola para área para dar assistências, sempre devemos estar focados naquilo que queremos, mentalizarmos onde queremos chegar e se empenhar para que chegue no objetivo, sempre dando o melhor para que isso aconteça.", pontua.

Para concluir ele enaltece a importância do futebol em sua vida " esse esporte me tirou de uma situação na qual eu só queria dormir, não me alimentava direito, a passar ter uma vida saudável, ter objetivos grande e saber que é possível sonhar com algo grande. Eu não tenho nenhum time que eu tenha muita vontade de jogar, tenho o time no qual torço desde minha infância que seria uma honra jogar mas não tem nenhum time em especial no Brasil, mas fora, quando era menor tinha um sonho em um dia jogar no Barcelona. Com isso entendo que o futebol me deu um propósito de vida, fez eu ter um sonho e de acreditar que no futuro só depende de mim para poder ter uma boa condição para ajudar meus pais no futuro.", encerra.

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