Conheça a trajetória de Felipe Biondi: atleta de futebol que atua na Croácia.
Felipe Biondi do Prado, nasceu
em São Paulo (Sp), (Zona Norte no Tucuruvi). Atualmente mora em Varaždin na
Croácia. É filho de Tatiana Biondi Ramos e de Luiz Cláudio Rodrigues do Prado.
Tem um irmão mais novo nascido em 2005, chamado Gustavo Biondi do Prado. "(Curiosidade
nossos aniversário sempre caem no mesmo dia da semana, ex: esse ano ambos fazem
na quinta) eu dia 15 de Dezembro e ele 17 de Novembro.″
Felipe, detalha sobre como foi
que iniciou seu desejo em praticar esportes, até chegar ao futebol "sempre
fui envolvido no esporte, mas quando era mais novo me mudei pra Caraguatatuba
no litoral norte de São Paulo, e lá o futebol não é uma das principais
modalidades da cidade. Então eu fiz judô, fui campeão regional algumas vezes.
Depois migrei para a natação, onde fui campeão regional algumas vezes também
pelo peixinho e golfinhos. Quando me mudei para Santos em 2012, conheci o
futsal e me encantei, em 2015 conheci o campo e aí foi amor à primeira vista.
Eu sempre brinquei de futebol, mas antes não era algo tão profissional, a
virada de chave foi em Santos mesmo." pontua.
Ele ainda enfatiza "minha
principal motivação é tudo que eu passei para estar aqui. Quando comecei era
banco da escolinha e as pessoas me zoavam porque eu não tinha uma técnica tão
apurada. Então eu sempre treinei muito e depois de 1 ano no campo, já consegui
assinar com meu primeiro time o Guarani de Campinas. E, desde 2019 estou
jogando na Europa graças a Deus e ao meu esforço. Me inspiro muito no meu pai,
porque ele era muito pobre na infância e não conseguiu ser jogador, mas com
muito esforço, conciliando trabalho e estudo conseguiu passar na federal de
medicina e se mudou para Maceió. Ficou anos sem ver a família, mas se formou e
é o orgulho da família." Claro que o apoio materno também é importante em
sua vida "eu me inspiro muito na minha mãe. Porque ela sempre batalhou
muito para ter o que tem. Ela trabalha muito até hoje, sempre estudando para
aprender mais. E em seu trabalho sempre foi premiada pelo seu bom desempenho.
Já vi ela virando noites estudando para passar no prova porque não teve tempo
durante o dia pois trabalhou o dia todo. Então acho que me espelho nela."
Trajetória: "Comecei a
jogar campo com 13 anos em 2015, para alguns é cedo mas para nós que somos do
meio, sabemos que é bem tarde, afinal não cheguei a jogar nem sub 11, nem sub
13. Comecei na escolinha do Portuários com o processor “Wawa” Que até hoje é
muito meu amigo e sou muito grato por tudo que ele fez por mim. Com 1 ano na
escolinha, treinando muito (com a minha categoria e com a de cima todos os dias
da semana) e jogando campeonatos regionais e copinhas, fui chamado para fazer
uma avaliação no Guarani FC (era para eu ficar 2 semanas em avaliação, graças a
Deus no quarto dia eu passei) foi minha primeira federação e primeira vez que
fui morar longe de casa (eu tinha 14 anos), isso em 2016. Com 15 anos, fui para
o Jabaquara em Santos, era na mesma cidade que eu morava então conseguia
treinar com a equipe e fazer treinos específicos no TDF do professor Everson
Silva (até hoje quando vou pra casa faço minha preparação com ele, o melhor que
eu já tive), lá joguei o campeonato paulista sub 17 no meu ano ruim e evolui
bastante como jogador(2017). No ano seguinte com 16 anos (2017), fiz uma
avaliação no Brasilis em Águas de Lindóia, e fui aprovado pelo professor
Juarez, o treinador e time principal para a virada de chave na minha mente em
questão de profissionalismo. Joguei o sub 17 do campeonato paulista lá. Com 17
anos, fui para o Campo Mourão no Paraná (2019), era para eu ficar 2 semanas de
avaliação, passei no terceiro dia graças a Deus. Fui inscrito e joguei o paranaense
sub 19 pela equipe. Quando acabou o campeonato fui chamado para integrar ao
profissional da equipe, porem surgiu uma proposta para Portugal. Como todo
atleta meu sonho era jogar na Europa, então eu fui menor de idade (meus pais me
emanciparam). Fiquei 6 meses só treinando com a equipe até fazer 18 anos, e em
janeiro quando abriu a janela de 2020 fui inscrito no campeonato português sub
19, pelo Sporting Club de Fermentelos. Foi minha primeira vez na Europa e já
era o camisa 10 da equipe. Com a pandemia não consegui voltar para o Brasil
quando acabou o campeonato, e apareceu a oportunidade de ir para um time Sênior
na Espanha, afinal já não era mais sub 19. Pois tinha 18 anos mas faço
aniversário no final do ano. Joguei o campeonato espanhol com a camisa 2 em
Andaluzia pelo FC Cubillas, a presidenta da equipe é brasileira, a “Lele” e
trabalhou no Borússia, temos contato até hoje. Fui para o Brasil após o
campeonato e joguei o campeonato mineiro sub 20 em 2021, pelo Santa-Ritense, nessa época eu já estava com 19 anos. No
mesmo ano, após o término do campeonato fui chamado para integrar a equipe
profissional, porém fui para a Itália pegar minha cidadania italiana. Na Itália
joguei na equipe Senior de Bellizzi Irpino, onde estreei com gol aos 93, na
vitória de 2x1 contra o líder, era o camisa 9. No final de janeiro de 2022 antes
da janela fechar, fui contratado pelo NK Beretinec na Croácia, clube que atuo
hoje em dia (porém agora como europeu, pois sou cidadão italiano também). Sou o
camisa 10 da equipe aqui.".
Como bem sabemos a rotina de
um atleta não é nenhum pouco fácil, nesse sentido ele apresenta sua rotina:
"Aqui na Croácia, minha rotina é bem puxada. Na Segunda-Feira eu vou na
piscina relaxar os músculos (porque sempre jogamos no domingo à tarde), na
terça pela manhã eu faço membros inferiores na academia e de tarde treino com o
grupo. Na quarta-feira, pela manhã faço academia membros superiores e treino
com a equipe de tarde. Quinta, faço um trabalho de mobilidade, alongamento e
core pela manhã e na parte de tarde um treino específico no campo, para
melhorar alguns defeitos e aprimorar as qualidades. Sexta pela manhã faço
trabalho de explosão e velocidade e de tarde treino com o grupo novamente. No
sábado, descanso. E no domingo como já dito a cima tenho jogo na parte da
tarde. Eu tomo suplemento também, creatina todos os dias, Bcaa pré e pós 1 dos treinos,
tudo isso para aprimorar e ter êxito em meu cotidiano.
No futebol é conhecido como
coringa, "comecei como volante, após quebrar o braço e treinar com gesso,
comecei a treinar na lateral para não machucar ninguém, afinal sempre marquei
muito forte. Gostei e adotei essas duas posição. Quando vim para Europa, por
ser Brasileiro e ter uma boa técnica. Comecei a jogar de meia e de ponta.
Atualmente na Croácia, sou volante e meia, porém no último jogo, joguei o
segundo tempo como falso 9 (centroavante). Hoje no meu time jogo de volante e
meia, acho que a minha principal função em campo é a liderança. Eu me entrego
muito em campo e marco bastante. Inclusive me inspiro muito no Modric, pois
está em todo lugar do campo e tento fazer isso também. Ataco, defendo. E chamo
a responsabilidade do jogo pra mim. Quando está muito pesado é difícil sair e
jogar, eu busco jogo e tento criar algo. Isso porque eu creio que quando eu
tomo essa atitude a equipe se motiva e começa a melhorar também.",
valoriza ele a importância da equipe.
Ainda sobre esse assunto ele
enaltece o trabalho em equipe "minha maior qualidade fora de campo, acho
que é ser de grupo. Sou muito alegre sempre e mesmo quando estou triste tento
arrancar sorriso das pessoas, brincando e etc. E em campo, acho que a minha
competitividade e liderança, eu odeio perder, e se tiver que correr por todo
mundo eu corro, mas cobro muito dentro de campo. A mim mesmo e aos meus
companheiros. Trabalho em equipe para mim, é o ponto mais fundamental no
futebol. Afinal, quantas vezes vemos times que no papel são mais fracos, ou tem
menos técnica, mas por serem amigos, correrem um pelo outro, trabalharem
verdadeiramente em equipe, vencem jogos e até campeonatos. Um exemplo que eu
gosto muito é de quando o Leiceter foi campeão da Premier League. Ninguém
esperava. Somente o grupo e o treinador. Com isso, com toda certeza,
principalmente dos mais velhos e mais experientes sempre busco ouvir os
conselhos necessários para o progresso. Acho que é uma forma de evoluir. Afinal
não sabemos de tudo. E sempre tem algo a melhorar. Eu penso que se a pessoa se
preocupa a ponto de ir falar com você e te aconselhar, ela realmente quer seu
bem e sabe que você pode melhorar. Uma coisa que tenho comigo, não aconselhamos
quem não gostamos e quem a gente acha quem não tem como fazer melhor, por isso
sempre estou aberto a evoluir", diz.
Apoio
familiar: Nem sempre o apoio familiar é presente na vida do atleta,
no entanto, faz-se necessário destacar algumas ponderações, e Felipe conta
detalhe de sua trajetória nesse aspecto "Quando eu comecei sim, havia
muito apoio, meus pais me apoiavam muito. Eu era novo e em meio a tanta
perdição, por conta do futebol eu sempre me mantinha focado e conheci a Deus
graças ao esporte. Porém agora mais velho, meio que deu uma dividida. Meu pai e
a parte da família dele me apoia muito, porque sabem o quanto eu treino,
batalho e veem a minha constante evolução. A minha mãe e a família por parte
dela, já não apoia tanto. Acha que eu preciso estudar, fazer uma faculdade e
não ficar jogando futebol. Graças ao futebol, hoje sei falar 4 línguas e estou
aprendendo a quinta. Eu fiz curso de Marketing e Design. Jamais descartei essa
hipótese, pois sim, quero fazer faculdade, só estou esperando me encaixar em
uma equipe com mais estrutura, uma divisão mais alta para poder conciliar melhor
meus horários, mas eles não entendem.
Como tenho 20 anos, acham que estou velho para o futebol. Mas nós que
estamos aqui na Europa, sabemos que esse pensamento é realmente brasileiro,
eles não me desmotivam, no entanto, já que estou aqui, faço meu trabalho bem
feito para dar orgulho a todos", narra.
Dias
de Luta x Dias de Glória: Assim como em qualquer outra profissão,
no futebol isso não é diferente existem as lutas, mas existem também as
vitórias, o atleta muitas vezes precisa abrir mão do comodismo do lar, para se
arriscar e isso aconteceu na caminhada de Felipe "morei em alojamento no
Brasilis e no Santarritense. Nas outras equipes que joguei no Brasil, morávamos
em casa ou apartamento, não penso que seja o mesmo, mas compartilhávamos quarto.
No entanto, sempre comendo nas dependências do clube. Aqui fora já temos nosso
ap, ou casa, e acaba sendo mais tranquilo. Nessa fase precisamos amadurecer,
mesmo que tenha vivido esses momentos, nunca tive o que reclamar. No momento a
saudades da família e amigos, o frio que chegou a -9º desde que cheguei aqui.
Mas acho que principalmente aquele carinho da família, aquela conversa face a
face quando não está se sentindo muito bem. Por mais que hoje temos o face
time, não é o mesmo mas já ajuda. E aqui na Croácia também a língua, é muito
diferente. Eu ainda falo inglês e consigo me comunicar bem. Mas o meu treinador
por exemplo não fala inglês, quando ele quer me instruir em algo ou explicar
pede para algum atleta ou membro da comissão traduzir e me explicar, então tudo
na vida é lição e cada dia mais venho agregando bagagens em minha vida."
Complementando esse assunto
ele frisa "considero o momento mais marcante da minha carreira, na minha
opinião o gol feito aos 93 na minha estreia contra o líder pelo Bellizzi Irpino
na Itália. Afinal tinha operado de hérnia a alguns meses e estava voltando a
jogar. E por ter sido indicado pelo Juary, em homenagem a ele usar a camisa 9 e
estrear dessa forma, acho que foi algo muito marcante para mim.".
Ao ser sanado sobre o que
espera ele fala "agora com a minha cidadania e podendo ficar à vontade
aqui na Europa, eu almejo uma primeira divisão. Trabalho muito para isso,
confio em Deus e acredito no dom que ele me deu. Quero ganhar bem, para meu pai
não precisar mais trabalhar e vim morar comigo, afinal desde os 14 morando
longe de casa, a saudade aperta as vezes; hoje o futebol é a terceira coisa
mais importante da minha vida. Só atrás de Deus e da minha família. Eu não me
vejo fazendo outra coisa que não seja jogando futebol. Quando estou em campo,
em jogo. Sinto uma sensação que só sinto com o futebol. É algo muito prazeroso
pra mim. Fazer um gol, ganhar uma partida, um campeonato, prêmios individuais
como melhor jogador etc, é um sentimento inexplicável. Um êxtase tão grande que
as vezes mesmo cansados, com dores, corremos como se não tivesse amanhã para
comemorar.
Sobre sua forma de trabalho
ele expõe "na minha opinião treino é jogo e jogo é guerra. Sempre pensei
assim e me entrego 100% em todos os treinos. Não me preocupo se os outros tão
treinando na mesma intensidade ou não, eu faço o meu, porque só eu ganho em
treinar forte. Talvez por isso eu jogue até melhor do que eu treino, porque
sempre estou na melhor forma possível. Em virtude disso, a maior revolução que
o futebol causou na minha vida, foi conhecer a Deus. Pois hoje em dia o acesso
as coisas erradas são muito fáceis, e na adolescência principalmente. Graças ao
futebol sempre fui muito focado. E após o meu primeiro treinador o Wawa, me
levar para igreja na primeira vez, acredito que foi muito importante. Pois a fé
em Deus, é algo que nos motiva, nos anima e muitas vezes não nos faz desistir.
É muito difícil, principalmente para nós jogadores se manter firme, mas com a
ajuda de Deus tudo é possível, mas precisa ter muito esforço da nossa parte
também. Inclusive estou no estudo bíblico, pois quero me batizar esse ano.
Mesmo que tenha começado a jogar um pouco tarde, e isso até um ponto acabou me
prejudicando, hoje me sinto tão experiente e capacitado quanto qualquer jogador
no mundo. Claro quanto melhor a estrutura do time e o salário mais alto,
consegue se investir mais pra prevenir lesões e potencializar o meu futebol. Sou
autêntico; minha personalidade é forte, mas acho que isso me ajuda nos jogos.
Mas sempre escuto os conselhos de quem quer meu bem. Sempre peneirando, o que
realmente vai me ajudar e o que não irá. Tenho vários sonhos a serem
consagrados, no entanto, eu gostaria muito de jogar em algum time grande no
Brasil. A nossa torcida é apaixonada. Mas além do Brasil, acho que o
Galatasaray seria um time que eu gostaria de jogar. A torcida na Turquia é
apaixonada. Principalmente quando entregamos tudo. Se Deus quiser vai se
realizar. Óbvio que também sonho em jogar em times gigantes aqui na Europa,
jogar uma Champions. Mas, como bem sabemos é uma passo de cada vez e tudo no
tempo de Deus.", completa.
Para concluir, ele fala sobre
foco e desempenho, assim como dois fatos interessantes de sua trajetória "Quanto
mais o seu foco em termo de treinar forte, se alimentar bem, ter um bom tempo
de descanso, concentração elevada, objetivos e metas traçados, não ingerir
álcool, pois atrapalha na recuperação entre outros malefícios, não usar drogas
e nem fumar pois atrapalha no rendimento, tudo isso junto vai fazer com que
você possa desempenhar melhor sua função e diminuir os riscos de lesões. Um
fato interessante, é que em todas as minhas estreias, desde a minha volta pra
Europa, na Itália e aqui na Croácia eu fui eleito o melhor jogador em campo. Eu
falo 4 línguas e estou aprendendo a quinta. E sou muito sistemático e perfeccionista
com tudo. Dando o meu máximo sempre, acredito que ainda darei muito orgulho a
todos que me acompanham e torcem por mim, a batalha é grande, mas a vitória é
certa".
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