Conheça a trajetória do atleta Geraldy Reis, do Povoado Ilha da Ostra (BA)

Geraldy Menezes Reis Lins, nasceu em Estância SE, foi criado no Povoado de Ponte de Itabatinga - Jandaíra BA e atualmente mora no Conde BA, no Povoado Ilha da Ostra. Filho de Geraldo Pinto Lins e Ozenaide Menezes Reis. Tem dois irmãos, Aslan de 13 anos por parte de Mãe e Pai e a pequena Helena por parte de Pai, que fará em breve, 1 ano.

O atleta relata "sempre quis ser jogador de Futebol, desde os meus 6 anos de idade esse sempre foi o meu sonho. Minha família é minha principal motivação em toda a minha trajetória, não tenho dúvidas disso, tudo que eu faço, é por cada um deles."

Trajetória: "Comecei a jogar com 6 anos em uma escolinha que meu Pai tinha, sempre fui muito apaixonado por futebol, lembro que tinha treino todo domingo às 06h, e eu saia chamando na porta, acordando os meus amigos para irem treinar. Mas, só fui para clube mesmo com 16 anos, quando meu Pai me levou para fazer teste na Catuense de Alagoinhas, fiz o teste, passei, fiquei 2 anos no clube, em 2019 fui participar de uma peneira que o Esporte Clube Lagarto, passei nessa peneira, fiquei por 3 meses no clube, disputei o Campeonato Sergipano sub 20. Depois daí, fui para o Estanciano Futebol Clube, já como profissional disputar a segunda divisão do Campeonato Sergipano, isso em 2020. Em 2021, também como profissional, disputei o Campeonato Sergipano da segunda divisão, defendi o Dragão do Interior, o Esporte Clube Olímpico, foi onde eu fiz meu primeiro gol como Jogador Profissional. E atualmente estou sem clube, apenas me preparando em casa para quando houver uma oportunidade", pontua.

Ao ser sanado sobre sua principal inspiração no futebol ele enfatiza "No meu ponto de visto é o Cristiano Ronaldo, para mim ele é fora da curva, tanto dentro de campo, quanto fora. Procuro ser melhor a cada dia, a treinar mais, por conhecer a história dele, por tudo que ele conseguiu com o trabalho, a dedicação e o esforço. Mas tenho alguns ídolos pelo futebol que apresenta, como o Neymar, Ronaldinho. Ronaldo Fenômeno também foi um cara incrível, e tenho uma admiração enorme por ele. E o Antony que admiro muito o futebol dele."

Como bem sabemos, a vida de um atleta nem sempre é fácil como parece e de uma forma minuciosa ele explica sobre: "Em termo de dificuldade, foram os 2 anos que passei em Alagoinhas, quando jogava pela Catuense, pela questão de ser meu primeiro clube, ficar longe da família, toda a adaptação, e também pelo momento financeiro que estávamos passando, meu pai devendo a agiota, sendo ameaçado de perder a casa e tudo mais. Eu não morava no clube, morava na casa da minha Tia Dona Vivi, meu primo Alexandre, então tinha vezes que meu Pai ia lá me ver, e a gente estava passando por um momento muito difícil, várias vezes ele ia só com o dinheiro da passagem e um dinheirinho para deixar comigo caso eu precisasse de algo, e com o dinheiro da passagem ele me chamava pra ir comer uma pizza, esquecer um pouco os problemas, conversar também, e quando era pra voltar para casa, eu via ele ligando pra um e outro pedindo dinheiro emprestado para poder ir pra casa, e várias e várias vezes o dinheiro que ele trazia pra deixar comigo, ele pegava de volta para retornar. Da minha parte, tinha dias que eu ia treinar sem almoçar, por chegar do colégio tarde, porque ia e voltava para casa andando para poder economizar dinheiro, então eu chegava 12h10/12h20 em casa, muitas vezes o almoço ainda não estava pronto, então eu tomava banho e ia para o treino porque tinha que me apresentar 13h00, quando minha mãe ou meu pai colocava dinheiro, e não tinha como comer em casa, eu ia almoçava fora. Um amigo meu, o Allan, nessa época também me ajudou bastante, depois que soube dessas coisas que eu vinha passando, ele e a mãe dele sempre me chamava pra ir almoçar com eles, pagavam meu almoço, sou muito grato a eles por isso, a minha Tia, a meu Primo Alexandre, a minha Tia Angélica também que não media esforços, sempre estava me ajudando, até hoje inclusive, a cada pessoa que contribuiu de uma forma ou de outra, sou muito grato", conta.

No momento complicado, declarado por ele, Geraldy ainda se encontra sem clube, sobre seus objetivos ele expõe "tenho como objetivo no momento ir para um clube, estou tentando algo para ver alguma possibilidade para disputar essa Bezinha sub-23 em São Paulo. E a partir daí, ter uma constância, bons números, poder me sobressair, ser visto e alcançar objetivos maiores, um clube de Série A, jogar fora do País, trabalhar para ter espaço na Seleção Brasileira e por aí vai. Sei que nada na vida vem fácil, portanto a minha parte estou fazendo e sempre dando o meu máximo, pois sei que em breve irei colher os resultados".

Geraldy atua como extremo, "tenho que ser um jogador rápido, habilidoso, sou canhoto, e me considero muito bem taticamente, também jogo como Meio Campo, tenho um bom passe, uma boa finalização, um bom cabeceio, apesar de ter 1,70 de altura. Já joguei como Centroavante também. Como Jogador, acho que tenho um bom físico, eu cuido bastante, me preparo, treino, e é através disso que os complementos como as tomadas de decisões e a qualidade sempre se sobressaem.", menciona.

O atleta concilia sua rotina de trabalho com os treinos, "eu sempre tento conciliar o meu treino com o trabalho, gosto de treinar pela manhã, é um horário que eu tenho como preferência, a tarde costumo ir jogar bola, quando não tem o futebol, acabo treinando duas vezes ao dia, manhã e tarde. Aqui em casa minha mãe faz funcional, de tanto que já me viu treinar, ela gostou da coisa e começou a treinar comigo, passei alguns treinos para ela, ela fez cursos também e agora dá aula aqui no fundo de casa para as mulheres, e tem bastante peso caseiro feito de cimento, tem vários pneus também, que dá pra trabalhar a musculatura, a força, explosão e é basicamente essa a minha rotina quando não estou trabalhando como Garçom na Praia ou juntando coco.".

Sobre a análise de sua trajetória ele pontua: "eu vejo a minha trajetória em andamento ainda, até o momento teve bastante luta e creio eu que estou vivendo o processo; logo vou estar vivendo os dias de glórias, colhendo tudo que plantei lá no começo. Sou torcedor do Flamengo, então logicamente penso em jogar no clube. O Real Madrid também, por toda história que tem, e a Seleção Brasileira. Esses são os 3 principais sonhos que tenho como objetivo em poder jogar um dia. Sou um jogador autêntico, tenho as minhas próprias características, estilo de jogo, mas não que eu não possa aprender com outros jogadores, tenho meu estilo, mas procuro sempre aprender mais coisas e adaptar ao meu estilo. Para que haja bons resultados, levo os treinamentos como simulações de jogo, então eu sempre vou dar o meu máximo nos treinos, ser ousado, ir pra cima, para na hora do jogo não ser surpreendido por um marcador ou até por mim mesmo."

Os perrengues já vividos por ele foram relatados durante o Bate Papo de Craque, "a dificuldade de ir para um clube, pelo acesso que acaba sendo limitado, muitas vezes aparece clube para ir, mas tem a dificuldade de taxa de transferência, passagens, que acaba dificultando algumas possibilidades e oportunidades. Fora as Lesões que tive durante esses 2 anos. São momentos difíceis, no entanto, acredito que trabalho em equipe é algo fundamental, e de suma importância, ainda mais em um time, quando perde é todo mundo, quando ganha também, além de que as coisas saem com mais perfeição quando todos trabalham juntos. Para termos bons resultados não podemos perder o foco, o foco é o que determina grande parte do seu desempenho, você precisa estar bem preparado para tomar as melhores decisões em campo e ter êxito nas tentativas. Sou Extremo, Ponta Direita, minha principal função é fazer gol, mas isso também não quer dizer que eu não precise fazer mais nada, hoje um atleta tem que entender todas as posições, porque em um jogo você pode fazer coberturas, transações, então assim como minha função é importante, as dos demais jogadores também, porque é um conjunto e uma coisa liga a outra." Enaltece.

Para concluir ele frisa "O futebol tem uma importância gigante, e pesa muito na minha vida, entre decisões e tudo mais, eu já desisti de faculdade pra poder ir para Clube, tinha uma semana que tinha entrado na faculdade, e foi logo quando eu fui aprovado na Peneira do Esporte Clube Lagarto, não tinha como conciliar os dois, e acabei tomando a decisão de deixar a faculdade, meu pai me apoiou, no começo foi um pouco difícil para ele, mas acabou apoiando, minha mãe me deu um apoio enorme também. Então acima de tudo Deus, minha família e o futebol. A maior revolução, foi em me tornar essa pessoa que sou hoje, por tudo que me trouxe, por mim fazer um atleta Profissional, mas também um ser humano melhor.

 

 

 

 

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