Opinião: Corinthians e suas mudanças, valeu a pena ou não?

A temporada de 2020 para o Corinthians prometia ser de reformulação de modo de jogo para a equipe. Ao demitir Fábio Carille ainda em 2019 e trazer Tiago Nunes, vindo do Athletico Paranaense, era nítida a intenção do presidente Andrés Sanchez em reformular sua equipe e o modo de jogar dela que vinha sendo instaurado há 10 anos. O novo treinador chega com carta branca no clube e logo pede para dois ídolos da história recente Corinthiana (Jadson e Ralf) serem dispensados. Claro que o início da reformulação seria muito complicada, implantar uma ideia de jogo diferente nunca é fácil, ainda mais em uma equipe gigante do futebol brasileiro.

O início no campeonato paulista não foi nada fácil e o primeiro grande teste foi a pré-libertadores contra o já conhecido Guarani do Paraguai, e junto com ele, o primeiro vexame corinthiano na temporada. Após eliminação precoce na competição mais importante do continente e última colocação no grupo do paulista, a torcida já iniciava uma série de perguntas sobre o trabalho de Nunes. Assim que os campeonatos voltaram após paralização o timão começou uma remontada histórica no paulista e conseguiu a classificação em segundo lugar do seu grupo, apenas atrás do líder Bragantino. Mesmo jogando um futebol muito carente, a equipe conseguiu chegar na final do torneio contra o rival Palmeiras.

Tudo parecia que tinha se encontrado, o trabalho vinha tendo os resultados esperados e os jogadores rendendo acima do esperado, até a perda do título nos pênaltis no Allianz Parque. Título perdido, eliminação precoce na Libertadores e zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, esse era o cenário da equipe quando Tiago foi desligado do clube. Com a saída do treinador principal, o comandante do sub-20 Dyego Coelho, assume interinamente o time e promete dar cara nova para a equipe. Mas com desempenho pior do que o antigo treinador, não demorou muito para Coelho ser substituído no cargo. Agora, era a vez de Vagner Mancini assumir o Corinthians, o terceiro treinador do clube na temporada não agradou logo de início o torcedor, mas aos poucos mostrou seu trabalho e conseguiu tirar a equipe da zona de rebaixamento do Brasileiro e apresentar o tão sonhado bom futebol.

 Com a vinda de Mancini, tudo parecia estar diferente no clube, o treinador entendeu logo de início o jeito do clube e como a torcida queria que o time jogasse, com raça e amor à camisa alvinegra. Ponto a ponto o timão foi de candidato a rebaixamento para candidato à vaga na Libertadores. Era nítida a evolução da equipe com a vinda de Vagner, e isso foi se concretizando cada vez mais dentro de campo, até chegar à reta final do campeonato, quando o time começou a perder pontos importantes e se distanciar do G-8, grupo de times que iriam jogar a competição continental. Ao final do Campeonato Brasileiro, a equipe não conseguiu a tão sonhado vaga para a Libertadores, mas era clara a diferença de postura dos jogadores em comparação ao começo da temporada. O Corinthians terminou o ano jogando muito melhor do que começou, mas no mesmo padrão de jogo que seu presidente queria mudar no início de 2020.  A pergunta que fica na cabeça do torcedor é, será que o time nunca conseguirá mudar o padrão de jogo?

Por Fabrizio Reusing

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